A simplicidade conceitual de Aloísio Magalhães

“De fato, sinto uma enorme fascinação por este mundo de combinações e invenções em que as linhas, as cores, os espaços vivem por si.”
Aloísio Magalhães

De artista visual a embaixador da cultura brasileira, Aloísio Magalhães fez história e uma carreira sólida como designer, fazendo com que o dia do designer, aqui no Brasil, fosse criado no dia de seu nascimento – 5 de novembro.

Defendeu ativamente a necessidade vital do design a serviço da comunidade, propondo inclusive uma nova maneira de mapear e entender a cultura do país. Conquistou seu lugar de destaque depois da criação dos símbolos do 4ª Centenário do Rio de Janeiro, da Fundação Bienal de São Paulo, do Banco Moreira Salles e da famosa Light.

Fato é que Aloisio Magalhães foi, e ainda é, referência em design no Brasil.
Sua originalidade, sua linguagem e argumentação se mantém atemporal, e nota-se que a gestalt orientava suas decisões, com a ênfase na percepção da forma.

Seus registros são únicos, o modo de olhar, de recolher informações, de registro e a simplicidade nos resultados.
Como designer, Aloisio dispunha dessas ferramentas, e se permitia trafegar entre razão e intuição com uma naturalidade incomum.
Ao contrário dos designers modernos da época, Aloísio enfatizava a relação com o contexto, e a valorização de nossas raízes culturais. “Ali estão os elementos básicos com que contamos para a preservação de nossa identidade cultural”.

Em análise de seu trabalho e posicionamento, percebo algo que vai além, a liberdade e o fluir – como o simples ato de criar.
Formas bem definidas, quase sempre geométricas, mas com grande impacto visual e de compreensão humana.

Percebo que, na complexidade de suas criações, milimetricamente projetadas, chega-se a mais bela forma – o simples, mas conceitual.

Simples e inspirador, como imagino que tudo deve ser.

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Se inspire com a coletânea de marcas criadas por Aloísio Magalhães, abaixo:

 

Créditos de fotos: Revista ClicheCEPE
Edição e manipulação de imagens: Thiago Vicente
Créditos de vídeo: Nexo
Referências de pesquisa de texto: Casa Vogue, Aloísio Magalhães ORG, Itaú Cultural, WikipediaRevista Cliche